Rafael Carnevalli - Poesia
EXTRA EXTRA EXTRA EXTRA
Morte por ingestão de 25 doses de vodca
deixou o povo mais chocado
do que a distribuição gratuita de balas
por desconhecidos fardados
O outro lado, o lado que é menos visto
o lado que é mais julgado
Desse lado mais um jovem se foi, executado
por falar o que não devia
mas será que não devia
se falava o que sentia, o que vivia?
Diz aí: como pode julgar ostentação
quem sempre teve brinquedo, os pano, refeição?
Como pode julgar o rancor com os homi
quem nunca se sentiu oprimido
em becos em que qualquer neguinho
é fácil confundido com bandido?
O moleque iniciava sua caminhada e começava a brilhar
O brilho nos olhos transmitia que só queria... cantar
suas ideias, seus anseios, suas dores
A verdade cantou
O cano da .40 em meio ao seu show: POW! POW!
Daniel Pelegrino e peregrinou para o outro lado
pelo tráfico, pelas drogas, pelo destilado
por um grupo de extermínio que caça
quem afronta o corrupto legado
Foram para o outro lado por cantarem
por gritarem os anseios do outro lado do muro
Do "dado mano a pé" (?), MC Boladão
Primo, Careca, Amarildo, Claúdio, os Pixadores
o camelô, Eduardo de dez anos!
Seres da oeste, da norte, da sul, da leste
Daleste! Difícil de entender não é, pobre burguês?
Você que legitima esses atos que apoia e ri do outro lado
Ah-ha!
Ó lá o Datena falano: "tem que matar memo!
Matar memo esses, tudo esse neguinho de favela, vagabundo!"
Burguês, você não sabe o que é favela!
Você que nunca pegou transporte lotado
Nunca tomou enquadro abusivo
Vive com um copo de uísque na mão
Você do outro lado dos muros
das grades de condomíno, da televisão
com medo de andar pela rua
e que todos os negros do mundo te agridam
Mas desse lado as lágrimas caem
dos corações humanos, dos corações iguais
e nutrem a Terra com a semente da revolta
pois não há mais volta!
Levaram o pai, o amigo, o irmão
por mãos que se intitulam a Lei
Mas eu sei, vocês sabem quem são
Um salve a todos que nunca deixarão de cantar ou gritar o que vivem
CONTRA O GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO PRETA, POBRE E PERIFÉRICA
Movimento Rock, Rap, Funk, Afroreggae, skate e poesia
Por que por mais que não satisfaça
se tem amor, que tenha quem faça!
São mais guerreiros que ficaram na memória
E esse é só o outro lado da história:
O QUE A PORRA DA GLOBO NUNCA NOS MOSTRA!
Morte por ingestão de 25 doses de vodca
deixou o povo mais chocado
do que a distribuição gratuita de balas
por desconhecidos fardados
O outro lado, o lado que é menos visto
o lado que é mais julgado
Desse lado mais um jovem se foi, executado
por falar o que não devia
mas será que não devia
se falava o que sentia, o que vivia?
Diz aí: como pode julgar ostentação
quem sempre teve brinquedo, os pano, refeição?
Como pode julgar o rancor com os homi
quem nunca se sentiu oprimido
em becos em que qualquer neguinho
é fácil confundido com bandido?
O moleque iniciava sua caminhada e começava a brilhar
O brilho nos olhos transmitia que só queria... cantar
suas ideias, seus anseios, suas dores
A verdade cantou
O cano da .40 em meio ao seu show: POW! POW!
Daniel Pelegrino e peregrinou para o outro lado
pelo tráfico, pelas drogas, pelo destilado
por um grupo de extermínio que caça
quem afronta o corrupto legado
Foram para o outro lado por cantarem
por gritarem os anseios do outro lado do muro
Do "dado mano a pé" (?), MC Boladão
Primo, Careca, Amarildo, Claúdio, os Pixadores
o camelô, Eduardo de dez anos!
Seres da oeste, da norte, da sul, da leste
Daleste! Difícil de entender não é, pobre burguês?
Você que legitima esses atos que apoia e ri do outro lado
Ah-ha!
Ó lá o Datena falano: "tem que matar memo!
Matar memo esses, tudo esse neguinho de favela, vagabundo!"
Burguês, você não sabe o que é favela!
Você que nunca pegou transporte lotado
Nunca tomou enquadro abusivo
Vive com um copo de uísque na mão
Você do outro lado dos muros
das grades de condomíno, da televisão
com medo de andar pela rua
e que todos os negros do mundo te agridam
Mas desse lado as lágrimas caem
dos corações humanos, dos corações iguais
e nutrem a Terra com a semente da revolta
pois não há mais volta!
Levaram o pai, o amigo, o irmão
por mãos que se intitulam a Lei
Mas eu sei, vocês sabem quem são
Um salve a todos que nunca deixarão de cantar ou gritar o que vivem
CONTRA O GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO PRETA, POBRE E PERIFÉRICA
Movimento Rock, Rap, Funk, Afroreggae, skate e poesia
Por que por mais que não satisfaça
se tem amor, que tenha quem faça!
São mais guerreiros que ficaram na memória
E esse é só o outro lado da história:
O QUE A PORRA DA GLOBO NUNCA NOS MOSTRA!
Espetacular!!
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